Sem conter a modéstia, a Biblioteca Escolar orgulha-se da noite fantástica do dia 9 de maio, data escolhida para celebrar o nascimento do nosso poeta maior. Com o título abrangente Camões, 500 anos espalhando engenho e arte, alunos, professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação uniram-se para dar voz a todo o trabalho que veio a ser desenvolvido ao longo deste ano letivo.
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Cartaz |
O Coro Costa Matos deu o arranque com " Verdes são os campos" e logo após o grupo disciplinar de Educação Visual e Educação Tecnológica inaugurou a instalação comemorativa no espaço do polivalente, num trabalho articulado envolvendo várias áreas disciplinares.
O " próprio" Camões, do clube de teatro da escola e do clube de leitura da escola, que ficou encarregado da apresentação do alinhamento e convidou depois os presentes a subirem à biblioteca para dar inicio à tertúlia.
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Inauguração da instalação no polivalente |
Foi a altura de dar a conhecer os dotes poéticos dos alunos que escreveram à maneira de Camões apresentando alguns dos motes, em resposta ao desafio lançado pela Biblioteca Escolar em março.
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Tertúlia na Biblioteca |
Outros poetas escreveram à maneira de Camões e alunos da Oficina do Saber leram a Canção de Leonoreta, de Eugénio de Andrade, como exemplo.
Também António Gedeão escreveu o Poema da auto estrada que a Sara, do 7.º A, e a sua mãe partilharam com todos
Outros poetas escreveram sobre Camões. Por isso, o Afonso, do 5.ºA, e a mãe, D. Susana, (elementos do Clube de Leitura) leram Luís, o poeta salva a nado o seu poema, de Almada Negreiros.
Um dos momentos altos foi a poesia camoniana lida, dançada e tocada pelos alunos do 5.ºA, orientados pela professora Carla Moura, em colaboração com o Conservatório de Música de Gaia e a Escola de dança Ginasiano. A graciosidade da dança, a música e a leitura perfeita destes alunos surpreendeu a todos.
Mas a poesia de Camões atravessa fronteiras. Por isso, o poema Amor é um fogo que arde sem se ver foi lido em português, em inglês e em espanhol por alunos do 9º ano, brilhantes leitores que nem o nervosismo atrapalhou.
Professores e assistentes operacionais e elementos da Associação de Pais também deram voz aos poemas camonianos mais conhecidos e significativos. De destacar ainda a leitura de Pus meus olhos numa funda pela aluna Leonor, do 1.º ano da EB da Bandeira, cuja pureza da voz emocionou os presentes.
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Tertúlia na Biblioteca |
A abordagem à Opus Magnum - os Lusíadas - ficou a cargo de alunos do 8.ºA e 8.º B, que, brilhantemente orientados pela professora de português, Liliana Magalhães, dramatizaram excertos de Que farei com este livro?, de José Saramago. E assumiram tudo: textos introdutórios, cenários, guarda-roupa, e uma atuação desenvolta e assumida.
Ainda antes da atuação final do coro Costa Matos, a equipa da Biblioteca Escolar que coordenou todo o trabalho, quis deixar a sua homenagem a todos os poetas incompreendidos no seu tempo com a leitura partilhada de Camões e a tença, de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Ao longo da noite, para além do " próprio" Camões, várias personagens foram aparecendo e dando o seu cunho: Vasco da Gama, Vénus, o Adamastor e o velho do Restelo, por alunos do Clube de Teatro brilhantemente orientados pela professora Rita Pinheiro.
Como não podia deixar de ser, no fim houve bolo! Para tal um agradecimento especial à D. Alice Magalhães e Associação de Pais, sempre prontos a colaborar.
A fadiga e a preocupação deram por fim lugar à alegria contagiante dos nossos alunos que temos a certeza nunca mais irão esquecer este dia.
Estamos a "vê-los" a dizer daqui a alguns anos: "Lembras-te quando fizemos de Camões na escola? "