13 maio 2025

Tertúlia e inauguração de instalação - Camões: 500 anos espalhando engenho e arte

Sem conter a modéstia, a Biblioteca Escolar orgulha-se da noite fantástica do dia 9 de maio, data escolhida para celebrar  o nascimento do nosso poeta maior. Com o título abrangente Camões, 500 anos espalhando engenho  e arte, alunos, professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação uniram-se para dar voz a todo o trabalho que veio a ser desenvolvido ao longo deste ano letivo. 

Cartaz

  O Coro Costa Matos deu o arranque com " Verdes são os campos" e logo após o grupo disciplinar de Educação Visual e  Educação Tecnológica inaugurou a instalação comemorativa no espaço do polivalente,  num trabalho articulado envolvendo várias áreas disciplinares. 

O " próprio" Camões, do clube de teatro da escola e do clube de leitura da escola, que ficou encarregado da apresentação do alinhamento e convidou  depois os presentes a subirem à biblioteca para dar inicio à tertúlia. 


Inauguração da instalação no polivalente

Foi a altura de dar a conhecer os dotes poéticos dos alunos que escreveram à maneira de Camões apresentando alguns dos motes, em resposta  ao desafio lançado pela Biblioteca Escolar em março. 


Tertúlia na Biblioteca


 Outros poetas escreveram à maneira de Camões e alunos da Oficina do Saber leram a Canção de Leonoreta, de Eugénio de Andrade, como exemplo. 

Também António Gedeão escreveu o Poema da auto estrada que a Sara, do 7.º A, e a sua mãe partilharam com todos

Outros poetas escreveram sobre Camões. Por isso, o Afonso,  do 5.ºA,  e a mãe, D. Susana, (elementos do Clube de Leitura) leram Luís, o poeta salva a nado o seu poema, de Almada Negreiros.

Um dos momentos altos foi a poesia camoniana  lida, dançada e tocada pelos alunos do 5.ºA, orientados pela professora Carla Moura, em colaboração com o Conservatório de Música de Gaia  e a Escola de dança Ginasiano. A graciosidade da dança, a música e a leitura perfeita destes alunos surpreendeu a todos.

Mas a poesia de Camões atravessa fronteiras. Por isso, o poema Amor é um fogo que arde sem se ver foi lido em português, em inglês e em espanhol por  alunos do 9º ano, brilhantes leitores que nem o nervosismo atrapalhou. 

Professores e assistentes operacionais  e elementos da Associação de Pais também deram voz aos poemas camonianos mais conhecidos e significativos. De destacar  ainda a leitura de Pus meus olhos numa funda pela aluna Leonor, do 1.º ano da EB da Bandeira, cuja pureza da voz emocionou os presentes.

Tertúlia na Biblioteca
A abordagem à Opus Magnum - os Lusíadas - ficou a cargo de alunos do 8.ºA e 8.º B,  que, brilhantemente orientados pela professora de português, Liliana Magalhães, dramatizaram excertos de Que farei com este livro?, de José Saramago.  E assumiram tudo: textos introdutórios, cenários, guarda-roupa, e uma atuação desenvolta e assumida.

Ainda antes da atuação final do coro Costa Matos, a equipa da Biblioteca Escolar que coordenou todo o trabalho, quis deixar a sua homenagem a todos os poetas incompreendidos no seu tempo com a leitura partilhada de Camões e a tença, de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Ao longo da noite, para além do " próprio"  Camões, várias personagens foram aparecendo e dando o seu cunho: Vasco da Gama, Vénus,  o Adamastor e o velho do Restelo, por alunos do Clube de Teatro brilhantemente orientados pela professora Rita Pinheiro.

Como não podia deixar de ser, no fim houve bolo! Para tal um agradecimento especial à D. Alice Magalhães e Associação de Pais, sempre prontos a colaborar.

A fadiga e a preocupação deram por fim lugar à alegria contagiante dos nossos alunos que temos a certeza nunca mais irão esquecer este dia. 

Estamos a "vê-los" a dizer daqui a alguns anos: "Lembras-te quando fizemos de Camões na escola? "


Um comentário:

Anônimo disse...

Eu estive, participei e gostei muito. É uma honra trabalhar nesta escola, onde deixa boas marcas para o futuro dos alunos. Parabéns a toda a equipa organizadora.