22 abril 2024

Tertúlia - " A cor da liberdade"

Qual a  cor da liberdade? - perguntou um dia Jorge de Sena.  

É verde, é verde e vermelha! 

Foram essas as cores  predominantes na tertúlia do dia 19 de abril. Com elas foram recordadas as conquistas que foram conseguidas há 50 anos.

Celebrou-se sobretudo os que, de lápis em punho, fizeram da escrita uma arma contra aqueles que lhes negavam a razão e que a partir da página em branco fizeram parte desta revolução.

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo

                                                                                Sophia de Mello Breyner Andresen

Lembrou-se o Dia da Revolução como se se tratasse de uma casa varrida e puro início de um país a renascer.

Como casa limpa Como chão varrido Como porta aberta Como puro início Como tempo novo Sem mancha nem vício

(...)  Sophia de Mello Breyner Andresen

Lembrou-se ainda a responsabilidade que temos na mão, não esquecendo aqueles que lutaram por nós e do dever que temos em preservar essas conquistas.

E, por isso, o mesmo mundo que criemos 
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa 
que não é nossa, que nos é cedida 
para a guardarmos respeitosamente 
em memória do sangue que nos corre nas veias, 
da nossa carne que foi outra, do amor que 
outros não amaram porque lho roubaram.

Jorge de Sena 



tertulia_cor_liberdade de Teixeira Lopes

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