01 dezembro 2022

Tertúlia "José Saramago: porque à terra pertence"

 

A tristeza pela perda da Professora Céu Passos, levou a que a tertúlia prevista para 16 de novembro - dia do centenário - fosse adiada  para o dia 22.

 Mas não podíamos deixar de partilhar o trabalho desenvolvido ao longo de meses. Por isso vivemos uma noite de convívio onde a leitura, a dança, as artes visuais e o teatro homenagearam o nosso prémio Nobel da Literatura de 1998.

 O principal objetivo desta  atividade foi apresentar José Saramago com as suas obras mais adequadas ao nível etário dos alunos do nosso agrupamento e conhecer a parte mais subjetiva do escritor mostrando a sua sensibilidade perante as pessoas que o criaram, a natureza, o modo de interpretar sinais e reflexão.

Decoração do espaço

 O espaço foi decorado  painel de fotos de Saramago recriados  pelas turmas do professor Ricardo Silva, Raquel Nery, Fátima Branco, Alice Monteiro, Lara Paulo e Alberto Macedo. Uma aguarela de Saramago feita pelo professor Pedro Moura, da Escola Básica da Bandeira serviu de cenário principal e frases do escritor foram colocados nos espelhos das escadas 




Assim aconteceu

O Thiago, do 5.ºA, leu "A maior flor do mundo", enquanto  as alunas do 7.º A  ( ensaiadas pela Professora Fernanda Borges) dançaram um coreografia contemporânea.

 



O Thiago provou que é possível fazer coisas maiores do que o nosso tamanho, pois leu corajosamente e muito bem, perante um vasto público. 












 Seguiu-se a leitura de alguns excertos das obras do escritor

“O silêncio da água”  excertos pelo aluno Lucas, do 6.ºB.

“Uma luz inesperada” : leitura partilhada  por Rodrigo, o  Gil, o João do 8.º A


 “Avó Josefa” numa leitura partilhada por elementos da Associação de pai,  homenageando também as avós presentes.


“Jerónimo”, excerto do discurso da entrega do prémio Nobel  lido pela voz segura e bem ritmada do   David, e Tomás, do 9.ºA.




A Inês Costa recebeu um prémio pois venceu o desafio lançado no mês de novembro " Que farias se se aparecesse uma lagarto grande e verde na tua cidade?" , a propósito de "O lagarto", de José Saramago. . Ao contrário do habitual, a proposta não foi fugir dele  ou matá-lo como acontece muitas vezes perante o desconhecido. A  Inês usou a sua imaginação e disse que faria dele um amigo de quatro patas convidando outros animais para participar nessa façanha.



Um dos pontos altos da noite foi, sem dúvida,  uma dramatização de “O Conto da ilha desconhecida”,  adaptada e encenada pela professora Liliana Magalhães  e interpretada por alunos dos 9.º A, B e C. Resultado de um trabalho intenso com  formação de postura e voz pelo Teatro Nacional de S. João e a persistência, imaginação, arte e  entrega da professora de português,  surgiu um momento de grande qualidade que perdurará na memória destes alunos e de todos quanto assistiram.









Estabelecendo uma ligação com o tema da peça,  a professora Liliana Magalhães leu “Alice e  as maravilhas”,  propondo uma outra perspetiva ao ver as coisas que nos rodeiam.






No fim, como é habitual, uns bolinhos para festejar, oferecido pela Associação de Pais.



Como disse um dia José Saramago: 

"SOMOS NÓS O SOL."



"Não subiu às estrelas porque à terra pertencia " é última frase do "Memorial do Convento " e serve de epitáfio junto da oliveira onde onde foram depositadas as cinzas de José Saramago. Porque também nos pertence, porque é português, porque nos retratou, porque exaltou a nossa língua

Obrigado, José Saramago!

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