8 de março - Dia Internacional das Mulheres
O Ano Internacional das Mulheres
foi proclamado, pelas Nações Unidas, em 1975, tendo-se seguido a Década das
Nações Unidas para as Mulheres.
As Nações Unidas começaram a celebrar
o 8 de março como o Dia Internacional das Mulheres,
celebração esta a que Portugal se associou desde 1975, após a revolução de 25
de abril de 1974.
Esta efeméride simboliza a vontade de promover a igualdade entre mulheres e
homens a todos os níveis da vida cívica, política, económica, social e
cultural, coisa que ainda não acontece na maior parte do mundo, apesar de as
mulheres serem mais de metade da população mundial.
Cabe-nos contribuir para que esta situação mude!
Para isso, deixamos-vos o exemplo de algumas mulheres muito especiais:
Katherine
Johnson (EUA, 1918-2020)
Nasceu nos Estados Unidos da América em 1918, numa família que valorizava
a educação.
Revelou grande talento para a Matemática desde muito cedo, mas numa época
de segregação racial, teve de ir estudar para longe, pois na sua terra não
havia liceu para “pessoas de cor”.
Entrou na Universidade com apenas 15 anos e foi uma das primeiras
mulheres negras a formar-se em Matemática!
Após alguns anos como professora, Katherine começou a trabalhar na NASA.
Os seus cálculos foram essenciais para o sucesso da primeira missão à
Lua. Claro que durante anos isso não se soube, porque Katherine, para além de
ser negra, era mulher num mundo governado por homens…
Os colegas chamavam-lhe “computador com saias”, tão rápida e exata era
nos seus cálculos.
Faleceu em fevereiro deste ano, com 101 anos.
Ana
de Castro Osório (Portugal, 1872-1935)
Ana
de Castro Osório nasceu em Mangualde em 1872, numa família culta. O seu pai e o
irmão eram homens de letras e fizeram carreira na magistratura. Ana viveu em
Setúbal e lá começou a publicar os seus primeiros artigos. Aos vinte e seis
anos casou com Paulino Oliveira, membro do Partido Republicano, e colaborou com
Afonso Costa, ministro da justiça, na elaboração da Lei do Divórcio.
Ana,
que foi escritora, jornalista, ativista e pedagoga, é ainda considerada a
“criadora” da literatura infantil em Portugal, tendo realizado uma enorme recolha dos contos da
tradição oral do país, e publicado inúmeros volumes de histórias para crianças,
além de ter traduzido e publicado os contos dos irmãos Grimm e muitos outros
autores estrangeiros de literatura para crianças. Criou ainda manuais escolares
para o 1º ciclo.
Mas foi como pioneira na luta pela igualdade entre homem e
mulher e como sufragista[1] que
se tornou mais conhecida. Foi uma das fundadoras do Grupo Português de Estudos
Feministas e da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, entre outras
associações de defesa dos direitos das mulheres. Publicou, em 1905, Às
Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto feminista português. Pertenceu à maçonaria e foi
subinspetora dos Trabalhos Técnicos Femininos.
Esta grande portuguesa, uma mulher muito à frente do seu
tempo, morreu em Lisboa em 18 de junho de 1935.
Recebeu, entre outras condecorações, a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
(1919) e a Ordem Civil do Mérito Agrícola
e Industrial(1931).
Se quiseres conhecer melhor esta grande portuguesa, lê o livro de Carla Maia de Almeida, que podes encontrar aqui na tua Biblioteca Escolar.
Se quiseres conhecer melhor esta grande portuguesa, lê o livro de Carla Maia de Almeida, que podes encontrar aqui na tua Biblioteca Escolar.
[1]
Sufragistas eram as mulheres que lutavam pelo direito ao voto, numa época em
que apenas os homens podiam votar.


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